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domingo, 22 de agosto de 2010

Viagem ao Marajó

Logo que o navio partiu, saquei minha máquina fotográfica. Sabia que a viagem ia me mostrar belas imagens. Registrei as pessoas sentadas olhando o horizonte. Alguns conversavam, outros estavam quietos, pensativos. Me levantei e fui procurar um bom lugar para fazer minha fotos.

O sol nascia um pouco mais ao norte da cidade. Grande e oval. O céu com poucas nuvens.

 Sempre que venho à Belém reservos uma poltrona "F" no avião para olhar a cidade quando o avião se aproxima para pousar,  mas eu nunca havia visto Belém desta perspectiva, da linha do horizonte. Parece Manhattan.rs


Eu estava na popa do barco. Fiquei observando Belém desaparecer nas águas.

Belém ia ficando para trás. Os prédios, imponentes, iam sendo devorados pelas águas.

O sol já estava alto...Uma pequena ilha me chamou a atenção. De longe, ofuscada pelo reflexo do sol na água, parecia um sapato flutuando.

Olhei para frente e vi aquela ilha que sempre observava de Belém, distante no horizonte. Confome o navio se aproximava, obervei que, na verdade, eram duas ilhas e que navegávamos no sentido a passar entre elas.

O navio passou entre as duas ilhas. Uma imagem marcante. Dois paredões verdes e a cidade ao fundo. Ver Belém nessa perspectiva, para mim, foi impressionante.

O navio, cada vez mais,  afastava-se de Belém. Os prédios mal podiam ser vistos no horizonte. Espremidos entre as Ilhas. Na água o rastro do navio, como se fosse uma estrada.

Afantando-se cada vem mais de Belém...Chegamos à Cotijuba. Lembrei, logo, de um filme antigo que foi rodado nesta Ilha: Cotijuba, a ilha do prazer. Um filme pornô...rs.

Em outra ilha, que não sei o nome, praias de rio... Desertas, lindas, selvagens...

As ilhas que, vistas de Belém, pareciam cílios no Horizonte, vistas de perto, mostram praias lindas e desertas. Me perguntei: Será que elas pertencem a alguém? Sei que a Marinha deve ser dona de uma grande parte disso tudo...

Olhei para a frente.  Parecia que os muitos passageiros haviam sumido. Mas estavam, apenas, deitados nos bancos e escondidos pelo enconsto, certamente dormiam. Eu, também, já estava cansado. Havia acordado às 5:00 horas da madrugada e decidi fazer o mesmo que todos estavam fazendo.

Fui acordado. Enfim... O porto em Camará... Quase 10:00 horas da manhã. Fim da travessia. Ainda meio sonolento, mas feliz e cheio de curiosidade.